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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Iluminio


 
Crepita a chama na vela
Posta sobre o castiçal
Que nos ilumina
Ilumina o quarto
Ilumina a cama
A roupa sobre a cama
Dois corpos nus escondido entre as roupas
Acaba a vela
Acaba a noite
Nasce o sol
Posto sobre o céu
Que nos ilumina
Ilumina nosso dia
Ilumina nossos rostos amassados
Nossos corpos abraçados
Nossas roupas quase postas
Nossos sentimentos
Ilumina
A vida




Por: Fernando Luz

domingo, 5 de setembro de 2010

A Lagrima do Lobo


Beijava o céu o mar
As ondas tocavam suavemente a praia
O vento acariciava
O lobo que ali estava
Que na presença de uma amiga o silencio reinava
De repente do Lobo cai uma lagrima
“Quando foi que começou a chover?”
“Agora a pouco caro amigo”
“E porque chove tanto?”
“Não sei, pois em mim chove também”
Volta o silencio a reinar em absoluto
Vem a noite
E continua a chuva
Agora o Lobo olhava lua
E se reconfortava nos braços da amiga
Num dia em que a chuva não veio do céu.

Para: Manuela Moreira ( amiga que me escutou)

Por: Fernando Luz

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desejável Futuro




Tomarei aquela gelada vodka
Fumarei aquele prazeroso cigarro
Escreverei aquela esquecida poesia
Ensinarei as jovens
Aprenderei com as mais experientes
Despirei a puta
Usarei de artifícios
Guiarei meu próprio caminho
Causarei a ferida
Serei a cura da ferida causada
Apagarei memórias
Criarei novas historias
Expulsarei emoções
Convocarei pessoas
Invocarei os anjos
Enfrentarei demônios
Farei, serei, vadiarei, viverei, morrerei
É um ciclo
É a vida  

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sinos Amaldiçoados


Ouvi sinos
Ecoando em um som enfeitiçador
Seguia aquele som
Que me fazia segui-lo sem parar
Que naquele momento me amaldiçoara
Marcou-me no peito com um punhal negro de sangue
Tirando-me a vida
Me imortalizado
Sendo fadado a carregar a dor da ferida aberta
E toda vez que os sinos badalarem
Serei convocado aos sinos
Onde receberei novamente a punhalada
E o empunharei com meu sangue
A cada punhalada dada
Minha ferida se fecha
Assim me livrarei dessa maldição 

Por: Fernando Luz

Novamente Solidão



Vem novamente a Solidão beijar-me o rosto
Um beijo gelado e amargo
Rir-me com maldade
Joga mais uma vez em mim seu encanto
Para que mais uma vez a acompanhe
Assim andarei só
E pelo meu caminho me drena a vida
Para que sem forças um dia lute e perca
Mas desde agora lutarei
E ainda que viva só
Saberei que fui eu que guiei meu caminho
Não a Solidão


Por: Fernando Luz