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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Deuses Humanos


Diariamente vejo
Homens se intitulado deuses
Fazendo dos carros seus nobres corcéis
Cuspido suas próprias carnes
Sobre uma reconvexão
Da imagem do homem
Um homem se tornando deus
Ou seria dEUs
Nobres sonhadores
Radicalizando o ser
Que se encontra desguarnecida de sentimentos
Os homens em três quartos de palavra
Escondem-se em casas de borboletas
Desfrutando de doces deletérios
De ser um Lobo de sua própria espécie
Com a mania de escrever e reescrever as próprias
Brincando de ser deuses

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Café com Nostalgia



Pela janela observa
Um observar intenso
Dos olhos verdes da garota
Que olhavam
A chuva pela janela
E lembrava
Lembranças acompanhadas por nostalgias
Após uma xícara de café mais uma boa lembrança nostálgica
Cada uma enchendo o peito de doces felicidades
Pelos olhos esverdeados se via pela janela
A nostalgia a cada gole de café
Café coma aroma da infância
Calor da juventude
E sabor do dia de ontem.

                                                      Fernando Luz

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nem Sempre



Nem sempre quando o sol nasce é o começo do dia
Nem sempre acordar significa ter que levantar
Nem sempre é preciso dormir
Nem sempre é preciso amar
Nem sempre tudo tem começo
Nem sempre tudo tem fim
Nem sempre estarei lá
Nem sempre é tarde pra começar
Nem sempre agir é o bastante
Nem sempre os caminhos irão se cruzar
Nem sempre o relacionamento irá durar
Nem sempre
Nem sempre é necessário um sonho

                             Fernando Luz

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Amigo do Lobo


Foram-se os dias de caminhadas solitárias
Encontra em seu caminho um amigo
Um amigo com asas
Uma Águia
Que ao dia pelas frias alturas do céu lhe guiava
Enquanto o Lobo á noite
Pela quente terra lhe uivava o caminho a seguir
Ambos ainda só no coração
Agora acompanhado um do outro  
E  agora o caminho não parecia tão vazio
O caminho que era de um
Passava a ser de dois
Unidos sem uma razão
Por uma loucura
A loucura de um caminho
Um caminho agora compartilhado entre amigos.


Para: Taian Feitosa (grande Amigo e Irmão)

Por: Fernando LuzF

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Iluminio


 
Crepita a chama na vela
Posta sobre o castiçal
Que nos ilumina
Ilumina o quarto
Ilumina a cama
A roupa sobre a cama
Dois corpos nus escondido entre as roupas
Acaba a vela
Acaba a noite
Nasce o sol
Posto sobre o céu
Que nos ilumina
Ilumina nosso dia
Ilumina nossos rostos amassados
Nossos corpos abraçados
Nossas roupas quase postas
Nossos sentimentos
Ilumina
A vida




Por: Fernando Luz

domingo, 5 de setembro de 2010

A Lagrima do Lobo


Beijava o céu o mar
As ondas tocavam suavemente a praia
O vento acariciava
O lobo que ali estava
Que na presença de uma amiga o silencio reinava
De repente do Lobo cai uma lagrima
“Quando foi que começou a chover?”
“Agora a pouco caro amigo”
“E porque chove tanto?”
“Não sei, pois em mim chove também”
Volta o silencio a reinar em absoluto
Vem a noite
E continua a chuva
Agora o Lobo olhava lua
E se reconfortava nos braços da amiga
Num dia em que a chuva não veio do céu.

Para: Manuela Moreira ( amiga que me escutou)

Por: Fernando Luz

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desejável Futuro




Tomarei aquela gelada vodka
Fumarei aquele prazeroso cigarro
Escreverei aquela esquecida poesia
Ensinarei as jovens
Aprenderei com as mais experientes
Despirei a puta
Usarei de artifícios
Guiarei meu próprio caminho
Causarei a ferida
Serei a cura da ferida causada
Apagarei memórias
Criarei novas historias
Expulsarei emoções
Convocarei pessoas
Invocarei os anjos
Enfrentarei demônios
Farei, serei, vadiarei, viverei, morrerei
É um ciclo
É a vida  

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sinos Amaldiçoados


Ouvi sinos
Ecoando em um som enfeitiçador
Seguia aquele som
Que me fazia segui-lo sem parar
Que naquele momento me amaldiçoara
Marcou-me no peito com um punhal negro de sangue
Tirando-me a vida
Me imortalizado
Sendo fadado a carregar a dor da ferida aberta
E toda vez que os sinos badalarem
Serei convocado aos sinos
Onde receberei novamente a punhalada
E o empunharei com meu sangue
A cada punhalada dada
Minha ferida se fecha
Assim me livrarei dessa maldição 

Por: Fernando Luz

Novamente Solidão



Vem novamente a Solidão beijar-me o rosto
Um beijo gelado e amargo
Rir-me com maldade
Joga mais uma vez em mim seu encanto
Para que mais uma vez a acompanhe
Assim andarei só
E pelo meu caminho me drena a vida
Para que sem forças um dia lute e perca
Mas desde agora lutarei
E ainda que viva só
Saberei que fui eu que guiei meu caminho
Não a Solidão


Por: Fernando Luz

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Onda


Onda
Arrebenta em meu peito
Traga do mar sua força
Sacuda meu mundo com sua violência
Bagunce minha mente
Toque meu coração com sua calmaria
E leve de minha dor
Meu medo, minha insegurança
E que no momento necessário não me falte coragem
Para em ti surfar
E me arriscar
E na praia ancorar
Seja minha onda perfeita
Para que sempre a ti eu queira retornar


Por: Fernando Luz

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Presente da Noite



Tarde de domingo
Começo de festa
Se passa o tempo
Chegaste no fim da tarde

Sol se tona lua
Aprecio-te
Tocamos palavras
A noite transformou-se em poesia

A poesia trouxe o desejo
O desejo o silêncio
Selado com o beijo
Perpetua-se o silêncio

Perco minha inda
Aprecio minha permanência
Cada segundo foi maravilhoso
É chegada a hora do adeus

Volto a origem de minha vinda
Querendo-te, desejando-te
Para enfim reencontrar-te
E novamente beijar-te


Para: Alana Barbosa (Bailarina que adoro)


Por: Fernando Luz

sábado, 31 de julho de 2010

Monte do Esquecimento


Subo ao monte do esquecimento
Buscando esquecer de toda uma vida
Esquecer de tudo
De todos os momentos
Tristes e felizes
Dos erros e acertos
Esquecer que um dia amei
E ali
No cume do monte esqueci
Por apenas um segundo, mas esqueci
Por um breve momento deixei de existir
O mundo deixou de existir
Esqueci quem era
Onde estava
Porque estava
Esqueci por onde andei
Os porquês dos caminhos que trilhei
Naquele momento só queria me esquecer
Até que as lembranças voltaram uma a uma
Mas sem o tormento de antes
Pois já me havia esquecido o devia esquecer.

Por: Fernando Luz

Louca Amizade




No início o desejo
Desejo de ter-te em meus braços
De beijar-te
Desejo saciado
Desejo que criou uma amizade entre loucos
Amizade louca
Entre insanos
Que trocaram as mais loucas confidencias
E juntos insanamente vivemos
Com um jeito mais louco de se viver
Destacamos-nos
Por não viver por viver por um meio
Por não viver pelos outros
Mas pra nós mesmo
Pela nossa loucura
Que nos leva aos caminhos mais estranhos
As pessoas mais loucas
A fazermos coisas loucas
Pois é assim que vivemos
Loucamente
Juntos e loucos
Para sempre

Para: Barbara Chaves (grande amiga)


Por: Fernando Luz

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Simples Sorrir

 
Ela rir
Rir sem parar
Rir de piadas
De palavras
De coisas simples.

Risos que fazem rir
Risos que tramitem a tua alegria
Risos que inspira o poeta.

Pois teu rir
É um simples rir por rir
Apenas rir por ler...
Minâcoraaaa. 


                                                       Dedicado à Sara



Por Fernando Luz

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Chuva




Fecha-se o céu em negras nuvens
Fazendo de si cair densa chuva
Chuva que perpetua momentos
Adia grandes compromissos
Muda todo um caminho já traçado
Muda vidas
Modifica destinos
Chuva que se cessa quando o já é tarde
Quando foram modificados vidas e destinos
Onde uma chuva decidiu o destino daqueles que a presenciaram
Dando-lhe um novo caminho a seguir
Na vida que estar a trilhar.



Por Fernando Luz

Uivos Da Morte




Sentado sob a luz do luar
Uivamos 
Uivos incessantes
Que penetra aos ouvidos aqueles que os ouvem
Enchendo-lhes o coração de medo
Pois souberam que a morte lhe está perto
A alcatéia faminta se move velozmente
Correm, cercam-lhe, atacam-lhe
Matam-te
Mostra-lhe sua força, fúria e declararam sua morte
Através dos uivos emitidos ao luar.



Por Fernando Luz