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terça-feira, 22 de julho de 2014

Lobo Solitário



Trilhava o lobo
Em um caminho de solidão
Um caminho de dor
Cada passo era um agudo sofrimento
Seu uivo transmitia sua agonia
Sua alma consumida pelo vazio.

Pesava-lhe o corpo
Seus passos eram de tormento
Tormentosa eram as feridas abertas
Feridas causadas por uma trilha de dor
A dor de estar só.

O caminho que antes doía já não dói
O sofrimento já não pesa tanto
Suas feridas já não sagram
Suas angustias e tormentos se desfizeram

A solidão tornou-se sua paz.

domingo, 14 de abril de 2013

Rabiscos de um Sonho



Com rosto todo amassado
O sono ainda em mim pregado
O delírio ao meu corpo abraçado
Já vinha a pena em mão pra escrever um novo traçado
Sobre a branca folha sem nenhum rabiscado

Rabiscava o futuro delirado
O sonho como um trajeto traçado
A vida que naquele sonho embaçado
Já estava na hora de ter um rumo tomado
Um lugar designado

Um lugar para existir
Onde residir
Para não substituir
A vida que estava por vir
A vida que nunca deixarei esvair

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Lascívias de Dor


A boca que dizia não
Prendia, mordia
Tua destra no peito as unhas cravara
Empurrava e expulsava
Tua esquerda as costas dilacerava
Puxava, aproximava
As pernas que antes fugiam
Prendem-se envolto a cintura
Rasgando a carne com as mãos
Flertando com a dor
O ardor nos corpos
O fogo na alma
Uma unica chama sobre dois
Tornando uma só dor
Um só prazer



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Caminho ao Futuro



O passado bate a porta dos fundo
O som ensurdecedor trinca as barreiras do presente
O futuro a espreita se esconde
O medo do passado
A esperança no futuro
Pressionando presente
Enquanto somente fecha-se olhos
E caminha no escuro de seu interior
Não por medo
Mas para que possa enxergar mais além do que jamais poderia.

sábado, 4 de agosto de 2012

Bailarina



Em teus olhar castanho 
A paixão de um nobre outono
Em teu sorriso 
Sonhos de primavera
No teu perfume 
O mais doce aroma dessa linda estação
Que recorda em teu coração 
Uma simples canção
Que põe-te na ponta do pé
Gracejando rodopios e passos de ballet
Trazendo-te a enebria sensação 
De sua libertação.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Adrenalina


Exceda a loucura dos loucos
Exceda o limite da velocidade
De sua adrenalina
Aventurar-se
Em meio ao céu
Na selva
Na estrada
No corpo nu da aventureira tão louca
Exceda-se
Passe
Ultrapasse
Corra
Acelere
Sinta o vento da liberdade
Cortando seu corpo
Desafie
É sempre tempo
Não há exceção
  Como se fosse sempre a ultima batida do coração

                                                                                                                   (Fernando Luz)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Inverno




Chega o inverno
Trazendo o frio da alma
Meu passado relembrado de manhãs quentes de verão
Lindas tardes de primavera
Do outono traz o sorriso
O anuncio de sua chegada
O inverno fazendo em mim presente
de todos  invernos que  já vivi
As lembranças de solidões
Dilacerando alma
Como o frio o corpo
Lembranças de companhias honrosas
Dentre loucos e insanos
Mas não a nada
Que me faça render-me
As divagações da mente
Entre lembranças torpes
Me fortaleço como o inverno
Se mantendo frio
Implacável. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Bandeiras de Guerra.



Icem as bandeiras de uma nova era
Pois hoje é um novo tempo de guerra
os póstumos se levantam contra seu deuses e gritaram
Não mas por misericórdia
Mas que abdiquem de seus postos
Pois é sua filosofia vã
Os deuses podem tem poder
Mas não existiram sem ninguém a cultuá-los
Aqui não mais bandeiras de paz
Içamos nossas bandeiras guerra pelo amor próprio
Não mais a deuses que não passam de vassalos
Meros escravos que fazem nossas vontades
Em troca um pouco de adoração
Mas que nos venha sua ira
Pois aqui estou eu
O próprio deus de minha vontade
 E quem sou para ir contra a minha própria vontade
Não nada se desrespeito a mim mesmo
Mas do respeito a mim me faço
E me faço deus com meu respeito.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Rosas de Ferro



O vento sopra sobre os campos
Campos de rosas
Rosas sem aroma
Sem fragilidade
Que nunca se machucam
Mas morrem a cada dia
Ao soprar do vento
Cantam
Cantam como gaitas distorcidas
Entoando uma canção metálica
Com o peso nos corações de quem escuta
Distorcendo a realidade
Transformando tudo
Na realidade
Das rosas de ferro

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Profecia do Amaldoçoado



Terror
É um  medo profundo e esmagador
Amaldiçoado pela terra
Vós sereis dilacerado pelos caninos venosos da noite
E não verás o dia nascer
Tua alma, a qual foi usurpada pelo frio
O espírito da Luz
Não sorrirá através do teu rosto
Ouça, amaldiçoado pela terra
O teu mundo
Não será o mesmo quando  despertar de teu sono
Ele será guiado para escravidão da noite
Para a destruição e decadência